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o que é deficiência intelectual

Deficiência intelectual o que é?

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A deficiência intelectual é caracterizada por limitações tanto no funcionamento intelectual quanto no comportamento adaptativo. O indivíduo apresenta dificuldades nas habilidades sociais e atividades de vida diária. Para transtorno do espectro autista ou autismo, ver link.

O primeiro sinal da deficiência intelectual é o atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. Demorar para andar, demorar para falar, a demora nas aquisições básicas de qualquer indivíduo. A partir de seis anos de idade, o indivíduo inicia-se a alfabetização e aprender contas simples como somar e dividir, muitos casos apresentam-se como dificuldade escolar.

Na deficiência intelectual há diminuição no funcionamento intelectual, ou seja, alteração na capacidade mental do indivíduo. Há déficit de aprendizado, raciocínio, resolução de problemas.

Existe uma medida, o coeficiente de inteligência (QI) que objetifica e quantifica a inteligência. É importante ser realizado o teste psicométrico, ou WISC em todos os pacientes com suspeita de deficiência intelectual.

Outro prejuízo frequente na deficiência intelectual é alteração no comportamento adaptativo. Entende-se como comportamento adaptativo as habilidades conceituais, sociais e práticas que são aprendidas e desempenhada por pessoas na vida diária.

Sempre quando atendo um indivíduo com deficiência intelectual, falo para os pais, de forma simples, que essas habilidades são. Por exemplo, pagar o bilhete da condução e receber o troco, ou ir comprar pão na padaria, em que o indivíduo apresenta noção do caminho até a padaria, do dinheiro a ser gasto, a quantidade de pães e até o troco, bem como voltar para casa.

Estas atividades de vida diária que o comportamento adaptativo demonstra, simplesmente são feitas por indivíduos de inteligência normal. Para as pessoas com deficiência intelectual, há esse prejuízo.

O que difere um indivíduo com deficiência intelectual do outro é o quanto esta pessoa é estimulada. Ou seja, o quanto de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicopedagogia especializada, sala de recurso. Um indivíduo pode se superar, ou até mesmo ter uma “vida”.

Chamo de “vida” poder ter uma função, o ser útil. Tenho um paciente que aos 26 anos, apresentava deficiência intelectual, mal sabia ler e escrever e trabalhava em uma fabrica de baldes. Possuia carteira assinada, um salário, uma ocupação, neste trabalho carregava os baldes de um lado ao outro, utilizando força braçal.

Assim como há casos que se superaram, há diversos casos de deficiência intelectual que o indivíduo fica dependente dos familiares. Não há progressão. Infelizmente deficiência intelectual não há cura, não há remédio ou tratamento específico.

O ideal é buscar um médico geneticista para melhor elucidar o diagnóstico e solicitar os exames complementares corretos. Assim como realizar o aconselhamento genético.

Piebaldismo

O que é piebaldismo?

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O piebaldismo é uma condição geneticamente determinada caracterizada por mechas brancas no cabelo e manchas brancas na pele. O piebaldismo é caracterizado pela ausência de células chamadas melanócitos em certas áreas da pele e cabelo. Estas células denominadas de melanócitos. Produzem o pigmento melanina, que contribui para a coloração do cabelo, dos olhos e da cor da pele.

A falta de pigmentação leva a manchas de pele e cabelos mais claros que o normal. O sinal mais comum do piebaldismo presente é uma mecha branca de cabelo. Os cílios, as sobrancelhas e a pele sob o topete também podem estar despigmentados.

Os indivíduos afetados com piebaldismo, possuem outras manchas não pigmentadas da pele, geralmente aparecendo simetricamente em ambos os lados do corpo. Na maioria dos casos, as áreas não pigmentadas estão presentes desde o nascimento e não aumentam em tamanho ou número. Pode afetar qualquer área do corpo.

Na região das manchas brancas, há um risco maior de queimaduras solares e câncer de pele relacionado à exposição excessiva ao sol. Algumas pessoas com piebaldismo são autoconscientes sobre a aparência das manchas não pigmentadas, que podem ser mais perceptíveis em pessoas de pele mais escura. Além desses possíveis problemas, essa condição não afeta a saúde do indivíduo afetado.

O piebaldismo é uma doença geneticamente determinada, em que há alteração nos genes KIT ou o SNAI2. O padrão de herança é autossômico dominante, ou seja, um indivíduo afetado possui 50% ou ½ de chance de ocorrer na prole.

O ideal é buscar um médico geneticista para elucidação deste diagnóstico, visto que há outras condições que podem se confundir om o piebaldismo.

Insônia familiar fatal

Insônia familiar fatal: o que causa?

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A insônia familiar fatal não é caracterizada apenas com insônia. Ela é considerada uma doença genética rara priônica, e é causada por uma mutação no gene PRNP.

A insônia familiar fatal causada pela mutação no gene PRNP já foi descritas apenas em duas famílias no Brasil. O gene PRNP, gene causador de duas doenças priônicas hereditárias. São duas as doenças priônicas hereditárias: a insônia familiar fatal e a doença Gerstmann-Straussler-Scheinker. Ambas são raríssimas, com ocorrência estimada e um para 100 milhões de habitantes.

A insônia familiar fatal é uma doença hereditária. Se o indivíduo não tem histórico familiar é improvável que tenha esta condição. Existem causas muito mais comuns de insônia: transtornos psiquiátricos, em especial a depressão e a ansiedade.

A insônia familiar fatal é uma doença autossômica dominante, com mutação no gene PRNP. O risco  de ocorrência na prole de um individuo com mutação no gene PRNP é de 50% ou 1/2.

Vale ressaltar que apesar do nome, o indivíduo não morre única e exclusivamente da insônia. Ha outros sintomas que estão associados que podem afetar a vida do individuo.

O suspeitar da insônia familiar fatal inicia-se com a avaliação do neurologista e do psiquiatra para afastar as causas comuns de insônia.

O diagnóstico etiológico é realizado a partir da avaliação genético-clínica e solicitação de exames complementares por um médico geneticista.

Assim como a maioria das doenças genéticas, não há um tratamento específico e o manejo se dá a partir de sintomáticos para melhorar a qualidade de vida do indivíduo.

Osteogênese imperfeita doença dos ossos de vidro

Osteogênese imperfeita: conheça a doença dos ossos de vidro.

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A osteogênese imperfeita é um grupo de condições genéticas que afetam principalmente os ossos. Osteogênese imperfeita significa defeituosa formação dos ossos. Também é conhecida como doença dos ossos de vidro.

A principal característica da osteogênese imperfeita são os ossos que se quebram com facilidade. Traumatismos leves ou sem causa aparente podem levar a fraturas em ossos que deveriam ser bem resistentes: como fêmur, tíbia e úmero.

São comuns as múltiplas fraturas e, em casos graves, podem ocorrer antes mesmo do nascimento, ainda no momento intra útero. Casos mais leves podem envolver apenas algumas fraturas ao longo da vida de uma pessoa.

Há mais de oito formas reconhecidas de osteogênese imperfeita. São designadas por algarismos romanos, do tipo I até o tipo VIII. Os tipos podem ser distinguidos por seus sinais e sintomas, embora suas características se sobreponham. O número do tipo não quer dizer a sua gravidade.

A osteogênese imperfeita tipo I é a forma mais branda e o tipo II é o mais grave. Outros tipos de osteogênese imperfeita desta condição têm sinais e sintomas que caem em algum lugar entre esses dois extremos. Cada vez mais, a utilização de radiografias e exames genéticos é usada ​​para definir as diferentes formas de osteogênese imperfeita.

As formas mais leves de osteogênese imperfeita, incluindo a tipo I, caracterizam-se por fraturas ósseas na infância e adolescência, que frequentemente resultam de pequenos traumatismos.

As fraturas ocorrem com menos frequência na idade adulta. Pessoas com formas leves da doença geralmente têm uma tonalidade azul ou cinza na esclera. A esclera é a parte do olho é branca. Pode desenvolver perda auditiva na idade adulta. A estatura final normalmente não é comprometida.

Outros tipos de osteogênese imperfeita são mais graves, causando frequentes fraturas ósseas que podem começar antes do nascimento e resultam de pouco ou nenhum trauma.

As outras características dessas condições incluem: esclera azulada, baixa estatura, perda auditiva, problemas respiratórios e alteração dentária chamado dentinogênese imperfeita.

As formas mais graves de osteogênese imperfeita, particularmente do tipo II, podem incluir uma caixa torácica anormalmente pequena e frágil e pulmões pouco desenvolvidos. Lactentes com essas anormalidades apresentam problemas de risco de vida ao respirar e muitas vezes morrem logo após o nascimento.

O ideal para o diagnóstico correto da osteogênese imperfeita é buscar um médico geneticista. Este irá realizar a avaliação genético-clínica, solicitação dos exames complementares e posterior aconselhamento genético. Vale ressaltar que a prevenção de fraturas é a maior preocupação neste grupo de doenças.

Catarata congenita genetica causas teste do olhinho reflexo vermelho

Catarata congênita: causas e tratamento.

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A catarata congênita é a principal causa de tratável de cegueira. A catarata congênita é uma condição em que a criança nasce ou se desenvolve logo nos primeiros dias de vida. A lente do olho, ou o cristalino, fica opacificado em vez de perfeitamente transparente. O cristalino localiza-se na região anterior do olho, e focaliza a luz e as imagens captadas para a retina.

O cristalino é essencial para a visão, e se não for transparente, a visão ficará embaçada ou até mesmo ausente, como na cegueira. Em caso de catarata congênita, o sistema nervoso imaturo da criança não receberá a estimulação visual necessária, dificultando o desenvolvimento da visão e poderá ocorrer a perda permanente da visão.

Se a catarata congênita não envolver o olho como um todo, pode não afetar a visão de modo total, mas pode ocorrer o que se chama de ambliopia, um tipo de visão reduzida. Com o passar do tempo, o nervo ótico que comunica o cérebro e o olho afetado torna-se não funcional, o que pode levar a perda permanente e irreversível da visão.

Durante o berçário ou alojamento conjunto, nos primeiros dias de vida do bebê, é realizado o teste do olhinho, ou teste do reflexo vermelho. Este exame é o mais simples e realiza a triagem dos casos com catarata congênita. Existem pacientes que mesmo com teste do olhinho normal pode ter catarata congênita, e o pediatra é o médico que irá observar isto durante a puericultura, ou seja, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança.

A catarata congênita pode afetar um ou ambos os olhos. Mesmo se ambos os olhos forem afetados, a catarata de um olho pode ser mais grave que a do outro olho. O tratamento da catarata deve ser realizado o quanto antes, através de uma microcirurgia ocular, realizada por um médico oftalmologista, e o acompanhamento deve ser constante.

Independente do tipo, o tratamento é o mesmo: cirúrgico. Entretanto do ponto de vista da genética médica é muito importante a descrição do tipo de catarata congênita: lamelar, nuclear, dentre outros subtipos. Quando estamos frentes a uma criança com catarata congênita, a primeira pergunta é: esta malformação maior é isolada ou sindrômica?

Síndrome quer dizer “coisa que vem junto”. Sempre avaliamos outros órgãos com exames de imagem: coração, sistema gastrointestinal, sistema nervoso central. E dependendo dos achados pode-se ter ideia se estamos frente a uma criança com catarata isolada ou sindrômica.

Cada tipo de catarata possui diversos padrões de herança e genes associados. A heterogeneidade genética é muito presente catarata congênita. Durante a avaliação genético-clínico é avaliado a família como um todo, avaliação de consanguinidade, entre outros para que seja possível a realização do aconselhamento genético.

Doença da urina do xarope do bordo leucinose teste do pezinho ampliado

Doença da urina do xarope do bordo: conheça a leucinose.

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A doença da urina do xarope do bordo, a leucinose, é uma doença rara, geneticamente determinada, que acomete recém-nascidos. É uma das doenças que é vista pelo teste do pezinho ampliado (ver link). Esta condição é mais frequente em populações específicas, como os judeus ashkenazis, populações isoladas em que há alta frequência de casamento entre primos.

Na doença da urina do xarope do bordo (leucinose), o corpo é incapaz de processar determinadas proteínas de origem animal, mais especificamente no processamento dos aminoácidos de cadeia ramificada. Entende-se como aminoácidos de cadeia ramificada a leucina, isoleucina e a valina, e são fruto da digestão de proteínas, em especial derivados animais (carnes, leite, ovo e derivados).

O nome doença da urina do xarope do bordo (leucinose) deriva do cheiro característico da urina dos recém-nascidos, muito adocicado, que lembra o xarope do bordo (maple syrup). Esta condição é caracterizada por dificuldade em se alimentar. Vômitos, letargia, epilepsia de difícil controle, distúrbios do movimento, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e deficiência intelectual. Se não tratada, a doença da urina do xarope de bordo (leucinose) pode levar a convulsões, coma e até mesmo a morte.

A doença da urina do xarope do bordo (leucinose) é classificada de acordo com seus sinais e sintomas. A forma mais comum e mais grave da doença é a forma clássica, que inicia-se logo no primeiro dia de vida. As outras formas apresentam-se mais tardiamente, na infância, de forma mais branda, levando a atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e deficiência intelectual, além de outros problemas de saúde.

O tratamento é uma fórmula proteica, isenta dos aminoácidos de cadeia ramificada, a leucina, isoleucina e valina. Além de uma dieta hipoproteica, evitando-se assim derivados animais (carne, leite, ovos e outros).

O ideal é sempre buscar um médico geneticista para realização do diagnóstico correto, e o manejo multiprofissional, em que necessita-se de um nutricionista que conheça a condição para correto manejo nutricional.

Sindrome de Down trissomia 21 cariótipo alterado aneuploidia

Síndrome de Down ou trissomia do 21, o que é?

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A síndrome de Down ou a trissomia do 21 é uma condição geneticamente determinada, relacionada a uma alteração cromossômica. Está associada à deficiência intelectual, uma aparência facial característica e tônus ​​muscular fraco (hipotonia) na infância. Todos os indivíduos com síndrome de Down apresentam atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, que evolui para deficiência intelectual de leve a moderada.

Antes de tudo, síndrome quer dizer coisa que vem junto. John Langdon Down foi um médico inglês que primeiro descreveu as características típicas da trissomia do 21. Esta condição não existe grau, ou o indíviduo tem ou não tem. Decorre de um cromossomo 21 a mais no cariótipo do indivíduo (ver link), ou seja, é uma aneuploidia.

Indivíduos com síndrome de Down podem ter uma variedade de malformações congênitas. A mais importante e que deve-se ter a preocupação nos primeiros dias de vida é a cardiopatia congênita. Também pode ter alterações gastrointestinais, entretanto estas são mais comuns.

Existe risco aumentado na síndrome de Down de ocorrer algumas condições médicas. A doença do refluxo gastroesofágico e a doença celíaca, por exemplo. Em um sexto dos pacientes com síndrome de Down tem hipotireoidismo congênito associado. Também há cuidados relativos a audição e visão, e uma minoria de indivíduos desenvolvem leucemia (um tipo de câncer de células sanguíneas).

O atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, ou seja, demorar para andar, firmar o pescoço e falar é uma preocupação muito importante na síndrome de Down, e não pode passar desapercebido. A fala e a linguagem de indivíduos com síndrome de Down desenvolvem-se mais lentamente. A síndrome de Down é a causa cromossômica mais frequente de deficiência intelectual, ou melhor, a dificuldade para desenvolver atividades de vida diária.

O tratamento que existe hoje para a síndrome de Down é a estimulação. Fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicopedagogia especializada é o verdadeiro tratamento para síndrome de Down. Quanto mais precoce, melhores as potencialidades podem ser atingidas pelo indivíduo, e menor será a distância entre suas limitações se comparado as limitações de um indivíduo comum .

Gosto de citar exemplos meus de pacientes atendidos: tenho um paciente com síndrome de Down que durante três anos foi operador de máquina de uma metalúrgica, hoje ele é cotado para ser jogador da seleção de futsal de síndrome de Down. Este paciente mal sabe ler e escrever, entretanto desempenhar sua função ele desempenha muito bem.

Hoje, além dos consultórios, faço parte da equipe do ambulatório de diagnóstico (ver link) da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE-SP, ver link). E atendo diariamente muitos pacientes com síndrome de Down, além de realizar o aconselhamento genético dos seus pais.

Mancha café-com-leite neurofibromatose

Manchas café-com-leite, pode ser neurofibromatose.

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A neurofibromatose é uma genodermatose, ou seja, uma condição geneticamente determinada que acomete a pele além do sistema nervoso. A neurofibromatose pode afetar, principalmente, a forma em que as células nervosas se formam e crescem. A neurofibromatose é uma condição que passa de pai para filho, ou em metade dos casos, pode acontecer por causa de uma mutação nova em seus genes. Caso você tenha esta condição, você pode passá-la para seus filhos.

Nesta condição, pode ocorrer o aparecimento de lesões que crescem a partir dos nervos. Em sua maioria, os tumores são benignos. Existem três tipos de neurofibromatose:

A neurofibromatose tipo 1 (NF1) ou doença de von Recklinghausen causa alterações na pele. O principal sinal são as manchas café-com-leite, além dos neurofibromas cutâneos (semelhantes a verrugas) e a presença de harmatomas em íris (nódulos de Lisch).

A neurofibromatose tipo 1 (NF1) geralmente inicia-se na infância. Às vezes os sintomas estão presentes no nascimento. Esta é a forma mais comum dos casos, e na maioria dos casos a doença é benigna; e não gera transtornos ao indivíduo. Vale ressaltar que as imagens encontradas no Google são a exceção e não a regra.

Já a neurofibromatose tipo 2 (NF2) causa perda auditiva, zumbido nos ouvidos e mau equilíbrio. Os sintomas geralmente começam na adolescência. A schwannomatose causa dor intensa. É o tipo mais raro.

Os médicos diagnosticam os diferentes tipos com base nos sintomas. Há critérios clínicos estabelecidos para que haja o diagnóstico. Na maioria dos casos o teste genético é dispensável, mas também pode ser usado para diagnosticar a neurofibromatose.

Esta condição é uma doença crônica, progressiva e imutável, ou seja, não há cura. O acompanhamento clínico e o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas. Dependendo do tipo de doença e da gravidade, o tratamento pode incluir cirurgia para remoção de neurofibromas cutâneos, além de acompanhamento clínico e prevenção de ocorrência de alguma comorbidade associada a neurofibromatose.

Crouzon Apert Craniossinostose Cranioestenose

Craniossinostose ou cranioestenose, o que é a fusão prematura de suturas cranianas?

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A craniossinostose é uma malformação congênita em que o ossos do crânio do bebê se fecham cedo, também é conhecido como fechamento prematuro das suturas ou cranioestenose. A presença de suturas cranianas abertas fazem com que o cérebro do bebê cresça naturalmente. Quanto ocorre a craniossinostose, o fechamento das suturas ocorre antes do termino do crescimento do cérebro da criança.

Em torno do terceiro ano de vida, os ossos do crânio do bebê começa a se unir, momento que as suturas tornam-se osso. Em um bebê om craniossinostose, o fechamento de uma ou mais suturas ocorre muito mais cedo. Isso pode limitar ou retardar o crescimento físico do cérebro do bebê.

Quando ocorre o fechamento prematuro das suturas, e ocorre a fusão dos ossos cranianos muito cedo, a cabeça do bebê para de crescer naquele ponto. Nas outras partes em que ainda há suturas abertas a cabeça do bebê continuará a crescer. Quando isto ocorre, o crânio pode ter uma forma anormal, embora o cérebro tenha seu tamanho habitual.

Quando mais de uma sutura se fecha, o cérebro pode não ter espaço suficiente para crescer, o que pode inclusive levar a aumento da pressão intracraniana.

Existem muitos casos de cranioestenoses isoladas, entretanto há condições geneticamente determinadas que levam a craniossinostose. As mais comuns estão relacionadas ao gene FGFR2, são: síndrome de Apert e síndrome de Crouzon. Algumas condições maternas também podem ser fatores de risco para ocorrência de craniossinostose, como uso de medicamentos e hipotireoidismo.

O ideal é buscar um médico geneticista para avaliação e verificar se estamos frente a uma craniossinostose isolada, ou a algum quadro sindrômico. Além da realização do aconselhamento genético e orientações quanto as condutas e cirurgias a serem programadas para evitar deformações cranianas ou outras sequelas.

ELA familiar familial esclerose lateral amiotrófica genética hereditária

ELA familiar: a esclerose lateral amiotrófica genética

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A esclerose lateral amiotrófica (ELA) pode ser genética. A maioria dos casos não são doenças geneticamente determinadas. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença crônica, progressiva e imutável, causada pela morte do neurônio motor.

Na maioria das vezes o paciente em esclerose lateral amiotrófica (ELA) demora anos para conseguir diagnosticar a doença. A forma esporádica (mais comum) possui uma evolução rápida de poucos anos.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) familiar é causada por alteração no gene VAPB. No gene VAPB a mutação mais frequente é a c.C166T/p.P56S. Esta mutação é genuinamente brasileira, não sendo descrita em nenhum outro lugar no mundo.

A diferença entre a forma esporádica e a hereditária ou familiar são duas: o tempo de progressão da doença e a presença de vários familiares com a mesma doença. A forma hereditária tem uma evolução mais branda dos sintomas, demorando anos para que esta evolua. Já a forma esporádica é rápida e em poucos anos já deixa sequelas irreversíveis.

Existe apenas uma medicação específica para a esclerose lateral amiotrófica: o riluzol. Há estudos fase II e fase III de novas drogas além de uso de células tronco, mas esta doença ainda não tem cura. Existem diversas associações de pacientes, dentre elas o Movimento em defesa dos direitos das pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica (MOVELA, ver link).

Na forma familial ou hereditária da esclerose lateral amiotrófica (ELA), existe a possibilidade de passar para a próxima geração a mutação causadora da doença. Assim como muitas doenças monogênicas, pode ser feito o teste genético pré-implantacional (ver link), a partir de um embrião obtido com uso de tecnologia de reprodução assistida (ver link).

O ideal como em toda doença de manifestação neurológica é a realização do diagnóstico correto, a partir da equipe com um neurologista que irá realizar avaliação clínica do caso.

O médico geneticista, que irá avaliar se é ou não a forma hereditária ou familiar da esclerose lateral amiotrófica (ELA); e assim solicitar os testes genéticos indicados.

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