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É normal não conseguir engravidar de primeira?

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Sim, é normal não conseguir engravidar em até um ano. Muitos casais passam por dificuldade para engravidar, estima-se que 15% de todos os casais podem passar por esta situação. Existem vários motivos que fazem com que o casal não consiga engravidar.

Sempre quando avaliamos casais com dificuldade para engravidar, é necessário a avaliação do casal, ou seja, há causas masculinas e causas femininas. E ambos são igualmente necessários para contribuir na infertilidade conjugal.

Dentre as causas masculinas, situações com diminuição da qualidade do sêmen, seja em quantidade, morfologia ou motilidade; seja em situações que envolvem traumas, câncer ou mesmo uso prévio de hormônios.

Já as causas femininas são três: ovulação, tuba uterina obstruída e endometriose. Estas influenciam diretamente na chegada do espermatozoide ao óvulo e na fecundação. A mulher é exaustivamente investigada na dificuldade para engravidar.

Dessa forma, sabendo-se sobre infertilidade, deve-se sempre investigar o casal e realizar o aconselhamento genético com um médico geneticista para se ter o diagnóstico e conduta correta.

É normal a menstruação atrasar?

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Menstruação atrasada pode ter muitas causas. E claro a primeira delas é gravidez. Deve-se antes de iniciar a investigação excluir a possibilidade de gravidez, com um teste de beta-HGC. Considerando-se que o teste de gravidez está negativo, há muitas situações que devemos avaliar.

A primeira situação que devemos ter em mente é que a principal causa de irregularidade menstrual é a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Esta consiste em sintomas como excesso de pelos e principalmente resistência insulínica.

Outra situação que pode estar relacionada são situações envolvendo hormônios, como problemas como a tireoide e a prolactina. A mulher com irregularidade menstrual deve ser exaustivamente investigada com exames hormonais e genéticos.

Dentre os exames genéticos, temos o cariótipo com banda G, que identifica por exemplo a síndrome de Turner. Nesta condição pode haver desde a amenorreia ou ausência total de menstrução à irregularidade menstrual.

Ainda pensando em síndromes genéticas, a falência ovariana precoce relacionada a síndrome do X-frágil pode levar a irregularidade menstrual por conta da menopausa precoce. Situações como esta são muito delicadas e necessitam de cuidado especial.

Dessa forma, caso seu ciclo menstrual esteja irregular, saiba que precisa ser avaliada, bem como, sempre que necessário, realize o aconselhamento genético com um médico geneticista para se ter o diagnóstico e conduta correta.

É normal a fertilização in vitro não dar certo de primeira?

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Depende, a fertilização in vitro pode dar certo ou não. Antes de tudo, deve-se ter em mente que a fertilização in vitro (FIV) deve estar bem indicada ao seu caso. Cada casal tem suas próprias necessidades e indicações, e principalmente em si falando em dificuldade para engravidar.

A fertilização in vitro (FIV) possui uma série de peculiaridades que influenciam o beta positivo. A primeira situação a ser pensada é se o casal foi investigado com exames hormonais, espermograma e o cariótipo com banda G, exame este mandatório para todos os casais que irão fazer uma fertilização in vitro (FIV).

É necessário avaliar também a idade materna e paterna, bem como a realização de testes genéticos nos embriões, como o PGT-A para aneuploidias. É muito comum a realização de um tratamento de reprodução sem a realização de nenhum teste genético.

A janela de implantação também deve ser observada, assim como a qualidade embrionária, também chamada de morfologia do embrião. São pequenos detalhes na fertilização in vitro que fazem com que o tratamento pode ou não dar certo.

Dessa forma, caso seu tratamento de reprodução não dê certo, saiba que deve-se sempre investigar o casal assim como avaliar o tratamento realizado. E sempre realizar o aconselhamento genético com um médico geneticista para se ter o diagnóstico e conduta correta.

Teste Genético de compatibilidade de casais (CGT): sou portador de doença recessiva?

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O aconselhamento genético pré-concepção é cada vez mais frequente. Muitos casais procuram informações sobre a genética de suas famílias e como esta genética se mistura com a de seus respectivos parceiros. A medicina de precisão trás consigo testes que poderiam ser realizados para dar mais gravidez com garantias ao casal.

Gravidez com garantias é diferente de risco zero de uma criança nascer com algum problema. A ideia é minimizar riscos e não zerá-los, infelizmente a genética médica ainda não é capaz de zerar todos os riscos para uma gravidez.

Minimizar riscos envolve, por exemplo afastar translocações equilibradas em um cariótipo com banda G de algum dos cônjuges. Ainda assim, outro exemplo são as doenças de hemoglobina, como a anemia falciforme e talassemias avaliados com a eletroforese de hemoglobina. São exames mínimos que todos casais deveriam fazer.

Como exames pré-nupcionais e pré-concepcionais, sorologias, espermograma, hormonais já são rotina de muitos casais. Realizar o aconselhamento genético deve também fazer parte desta rotina. E o teste genético de compatibilidade de casais (CGT) deveria também fazer parte.

O teste genético de compatibilidade de casais (CGT) deve ser sempre oferecido aos casais. É um sequenciamento gênico das principais doenças recessivas, com o objetivo de dar Match, ou seja, avaliar se ambos cônjuges são portadores de alguma alteração genética.

Com esta informação em mãos, é possível oferecer os riscos reprodutivos, e inclusive oferecer indicar o melhor opção para gravidez ao casal e principalmente minimizar os riscos.

A avaliação de todo casal deve ser feita com o médico geneticista. Vale ressaltar que antes de tentar engravidar e principalmente se há histórico de doenças genéticas na família é necessário o aconselhamento genético.

Não consigo engravidar, o que está acontecendo?

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Muitos casais quando decidem a realização do sonho de ter um bebê podem passar por dificuldade para engravidar. Não conseguir engravidar é uma queixa frequente na genética médica. Mas o que pode estar acontecendo?

O conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) de infertilidade conjugal é um ano de tentantivas sem uso de método anticonceptivo. Apesar disto, sempre recomendo o início da investigação assim que o casal desejar. Mas para isto é preciso entender alguns conceitos.

Apesar de ser meio obvio, para ter uma gravidez é preciso de um espermatozoide, um tuba uterina pérvia (o caminho) e um óvulo. Partindo desta tríade, observa-se que existem fatores de ambos os lados do casal.

A avaliação do casal é fundamental para o correto diagnóstico e manejo. Não é possível avaliar apenas a mulher. Antes de falar em tratamento de reprodução, alta e baixa complexidade, deve-se ter em mente que o casal foi extensamente investigado.

Ainda falando sobre investigação, o homem precisa verificar como está o sêmen, bem como seus exames hormonais. Já a mulher precisa avaliar tuba uterina, hormonais e endometriose. E claro, não podemos esquecer da importância do cariótipo com banda G de ambos.

Esta investigação é realizada durante o aconselhamento genético. Sim, o médico geneticista é um grande coringa nesta avaliação, aliado ao ginecologista e o urologista. Muita das vezes, o casal é avaliado unilateralmente, mas precisa ser feita a investigação em conjunto.

A avaliação do casal infértil e indicação da conduta clínica a ser tomada com este casal pode ser feita com o médico geneticista. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.

Síndrome dos Ovários policísticos: irregularidade menstrual e dificuldade para engravidar.

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Dentre os fatores que fazem com que uma mulher não consiga engravidar é o fator ovulatório. Entende-se como fator ovolatório tudo relacionado ao ciclo menstrual e a não conseguir ovular. Uma das causas de fator ovulatório é a falência ovariana precoce ligada à síndrome do X-frágil, e a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

A síndrome dos ovários policísticos, pelo próprio nome diz, está relacionada a um ovário com aspecto polimicrocístico, em que na ultrassonografia, observa-se múltiplos cistos além do folículo dominante. Manifesta-se com hiperandrogenismo laboratorial ou clínico.

O hiperandrogenismo é uma condição relacionada a aumento de hormônios masculinos (testosterona), em que pode ser observado em exames laboratoriais de sangue. Algumas mulheres com síndrome dos ovários policísticos apresentam aumento de pelo (hirsutismo), em buço, costas e membros.

Outro sinal importante é o aumento da resitencia a insulina, com quadro de pré-diabetes  e obesidade. A mulher com síndrome dos ovários policísticos apresenta também irregularidade menstrual e muitos ciclos sem liberação dos óvulos. Isto está intimamente ligada a dificuldade de engravidar, pois mesmo com a relação sexual completa, o espermatozoide não encontra o ovulo.

É uma indicação para realização de tratamento de reprodução humana, e é mandatório o cuidado e manejo da paciente com síndrome dos ovários policísticos, antes de qualquer tratamento. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.

Falência ovariana precoce: entenda a síndrome do X-frágil

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Muitas mulheres apresentam baixa reserva ovariana, e apresentam resultados não tão bons durante um ciclo de reprodução assistida. Muitas vezes, a menopausa ocorre precocemente, ou seja, acontece por volta dos 30 anos e não aos 50 como é de se esperar.

A avaliação com hormônio antimulleriano, hormonais como FSH e LH e as ultrassons de contagem de folículos antrais mostram-se alterados, e principalmente, o ciclo menstrual começa a falhar, ou mesmo ficar irregular.

A irregularidade menstrual é um grande aliado na avaliação do ciclo menstrual de uma mulher. A partir deste sinal, pode-se estar frente a um fator ovulatório e com dificuldade de engravidar. Muitas mulheres evoluem rapidamente para o climatério, com todos os sintomas, inclusive os fogachos.

Existem diversas causas de falência ovariana precoce. A principal causa é a pré-mutação do gene FMR1, relacionada a síndrome do x-frágil. A região promotora do gene FMR1 esta relacionada aos tripletos CGG. Lembrando-se o fenômeno da antecipação, há um valor que varia de 28 até mais de 200 repetições.

A zona cinzenta e principalmente a pré-mutação está relacionada a falência ovariana precoce. Um sinal de famílias com síndrome do x-frágil é ter vários meninos com transtorno do espectro autista (TEA) e mulheres com menopausa precoce. O teste genético é sempre indicado para todas as mulheres com baixa reserva ou mesmo que pararam de menstruar cedo.

A avaliação e indicação de qualquer teste genético pode ser feita com o médico geneticista. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.

Inseminação caseira: conheça os riscos juridicos para o casal.

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A inseminação caseira é uma técnica de reprodução humana muito difundida nas redes sociais e em grupos e fóruns na internet. A técnica consiste em doação de sêmen em casais que o homem tem problema seminal ou casais homoafetivo feminino.
A doação de sêmen no âmbito da inseminação caseira não segue nenhuma regra preconizada pelos órgãos competentes. Via de regra, o casal solicita ao doador uma amostra, por meio de pagamento ou altruísmo, e o material a ser utilizado é recebido em local programado.
O primeiro problema é o uso de doação de gametas de um doador conhecido. Sim, o doador presente nos fóruns é uma pessoa com registro geral (RG) e cadastro de pessoa física (CPF) podemos ter muitos problemas.
Após avaliar alguns destes grupos de apoio, e ter regras do tipo: não é permitido contato com o casal ou contato íntimo com a receptora após a doação; não é bem isto que acontece. O doador conhecido pode sim solicitar paternidade via justiça.
A solicitação da paternidade via justiça é não só possível como factível. Já houve casos que isto ocorreu, e o casal não tinha nenhuma segurança jurídica, incluindo perda de guarda. Apesar do altruísmo em doar sêmen para um casal que não consegue engravidar ou homoafetivo feminino, há muita coisa em jogo.
A outra situação que pode ocorrer é exatamente o contato íntimo, incluindo casos em que ocorreu abuso sexual ou mesmo extorsão pós doação do sêmen. A segurança que a clínica de reprodução e o banco de sêmen, salvaguarda a receptora destas situações.
Não recomendo a procura pela técnica de inseminação caseira a nenhum casal, visto os riscos para a mulher receptora, e também os outros problemas de saúde envolvidos. Sempre consulte um médico geneticista e um ginecologista antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução.

Coito programado: o que é? posso fazer?

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O coito programado, também conhecida como relação sexual programada é uma das técnicas de reprodução humana de baixa complexidade ao lado da inseminação intrauterina. É uma das técnicas procuradas de um casal a uma clínica de reprodução assistida.
Como técnica de baixa complexidade, depende muito de fatores do próprio casal para poder ser realizada, ou seja, não é todo casal que tem indicação ou mesmo beneficio da realização do coito programado. Irei listar o necessário para realização de uma inseminação artificial:
– Sêmen de ótima qualidade: o exame do espermograma do marido ou do doador de sêmen devem ser classificados como normozoospermico, ou seja, não pode ter nenhum problema quanto a concentração, motilidade e morfologia do espermatozoide (kruger);
– Tuba uterina pérvia: as tubas uterinas, também conhecidas como trompas de Falopio, devem estar perfeitas ou intactas; caso tenha obstrução ou mesmo uma hidrossalpinge, não é possível realizar a inseminação.
– Boa reserva ovariana: a mulher necessita ter uma boa reserva ovariana para que os remédios indutores de ovulação façam uma boa resposta. Tecnicamente, na inseminação artificial precisaremos de um ou mais folículos desenvolvendo.
– Infertilidade sem causa aparente (ISCA): os casais que mais se beneficiam com o coito programado são exatamente os que foram intensamente investigados e não encontraram nenhuma causa para infertilidade conjugal.
A avaliação e indicação do coito programado pode ser feita com o médico geneticista ou o ginecologista, com experiência em reprodução humana. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.

Inseminação caseira: conheça os riscos para a mulher.

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A inseminação caseira é uma técnica de reprodução humana muito difundida nas redes sociais e em grupos e fóruns na internet. A técnica consiste em doação de sêmen em casais que o homem tem problema seminal ou casais homoafetivo feminino.
A doação de sêmen no âmbito da inseminação caseira não segue nenhuma regra preconizada pelos órgãos competentes. Via de regra, o casal solicita ao doador uma amostra, por meio de pagamento ou altruísmo, e o material a ser utilizado é recebido em local programado.
Não há nenhuma restrição quanto aos padrões de qualidade, bem como segurança para a mulher quanto a doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Isto mesmo! Ocorre que apesar destes fóruns terem regras do tipo obrigatória das sorologias HIV, sífilis e hepatite, não há garantias.
Ou seja, a receptora está se expondo a contaminação com doenças que até o momento não tem cura como a infecção por HIV ou hepatites virais. Outra situação que deve ser levada em conta é que o casal não consegue distinguir se o material é realmente sêmen humano ou não.
Muitos casais optam pela inseminação caseira por conta dos altos custos em um tratamento de reprodução. Entretanto, nas clinicas apresentam-se com segurança sanitária, bem como protocolos com bancos de sêmen bem estabelecidos.
Não recomendo a procura pela técnica de inseminação caseira a nenhum casal, visto os riscos para a mulher, e também os outros problemas jurídicos envolvidos. Sempre consulte um médico geneticista e um ginecologista antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução.

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