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maio 2022

Perda gestacional e alteração anatômica do útero: o que preciso saber?

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A perda gestacional é definida como aquela perda em que o feto apresentou menos de 500 gramas ou 20 semanas. Possui um poder devastador no psicológico do casal, em especial da mulher. Existem causas que justifiquem a perda gestacional.
A investigação de perda gestacional inicia-se com o casal, sim, é importante que ambos os cônjuges sejam avaliados. Nunca aceite uma avaliação de perdas com a avaliação apenas da mulher.
Não são todas as mulheres que necessitam de avaliação anatômica do útero. Todas que já apresentaram uma perda gestacional já realização pelo menos uma vez na vida ultrassonografia transvaginal.
Para confirmação de uma gestação, como rotina da ginecologia, como exame preventivo anual. A ultrassonografia transvaginal é o exame de imagem que provavelmente será mais realizado na vida de uma mulher.
Por isto, a informação quanto a ter alteração uterina anatômica já vem na primeira pergunta sobre a sua vida menstrual. É frequente até ser interpelado com esta informação: tenho útero didelfo, útero bicorno ou unicorno.
A histeroscopia é o exame que avalia bem estas alterações, e é reservada em casos que realmente necessitam de intervenção. Não é comumente solicitado para todas as mulheres que tiveram perdas gestacionais, bem como possui indicações bem estabelecidas.
Via de regra, as alterações anatômicas do útero já são corrigidas pela cirurgia ginecológica, antes mesmo a tentante começar a tentar engravidar. E o ginecologista é o melhor médico para avaliar e tratar as alterações mullerianas ou do útero.
Ter uma perda gestacional já é o necessário para fazer a investigação. O médico geneticista necessita do auxílio do ginecologista para avaliação e manejo de mulheres com alterações anatomicas.

Vencendo a tempestade e tendo o Bebê arco-íris

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Perda gestacional é uma tempestade na vida do casal, em especial na vida da mulher. Daí vem o termo tempestade para ser designado a perda gestacional. Após a tempestade, vem o arco-íris, no caso o bebê arco-íris, aquele bebê, nascido vivo, que nasceu após as perdas gestacionais.
Toda mulher que apresentou uma perda gestacional foi mãe, apesar de ter tido a maternidade interrompida. Ainda nesta alegoria, também é chamada de mãe-de-anjo. Ajudar uma mãe-de-anjo a ter seu bebê arco-íris é o maior objetivo do médico geneticista nas perdas gestacionais.
A investigação é o primeiro passo para a descobrir a causa ou o motivo do porque ocorreu a perda gestacional. Perda gestacional nunca é normal, nunca! E deve sempre ser investigada. Aqui o médico geneticista, utilizando-se de seu arsenal diagnóstico, lhe auxilia a vencer a tempestade.
A avaliação do médico geneticista consiste em avaliar todo o histórico do casal, sim, este tipo de avaliação é do casal. O casal deve passar juntos por esta fase, e inclusive, muitos se fortalecem ainda mais após a tempestade.
Os exames a serem solicitados incluem desde os exames do bebê-anjo, ou seja, aquele que não está mais conosco, quanto os exames do casal. Nunca esqueça que o geneticista avalia detalhes, e é exatamente neles, que podem ser a chave para desvendar a tempestade.
Vencer a tempestade depende de vários fatores, e inclusive necessita do psiquê do casal. Precisa-se recuperar a auto-estima do casal, ou seja, deve-se respeitar todo o momento de luto vivido pela perda do bebê-anjo.
Portanto, para vencer a tempestade, o seu maior aliado é o médico geneticista. Este é parte fundamental para que você, mãe-de-anjo que apresentou uma perda gestacional, faça a investigação correta, siga o rastro do arco-íris, e tenha o seu bebê arco-íris.

Sim! Você foi mãe! Uma reflexão sobre maternidade e a perda gestacional

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Após anos de experiencia com o atendimento de casais com perda gestacional, coloco-me com esta reflexão que falo a todas as mães-de-anjo que passaram pela tempestade da perda gestacional de repetição.
A minha primeira fala durante a consulta é: sim, você foi mãe. Porque disso? Porque enfatizo que a mulher que passou por uma perda gestacional foi mãe? Porque isto é importante durante o processo de luto e aceitação para que tenhamos o bebê arco-íris?
Antes de tudo, uma mulher que teve uma perda gestacional, não teve uma perda gestacional e sim perdeu seu filho. Este filho, já tinha nome, um gênero, já tinha características, já tinha gostos, e as vezes profissão.
O seu filho, muitas vezes muito desejado, sim, muito sonhado, foi ceifado da convivência de sua mãe. Aquelas poucas semanas, em que era apenas um grãozinho ou menos maior com poucas gramas. A maternidade interrompida dói, e dói muito.
O processo de luto envolvido na perda de um ente querido não é fácil, não é da noite pro dia, e muitas vezes necessita de auxilio de profissionais, e o médico geneticista é um destes profissionais que irão auxiliar esta mãe, que perdeu seu maior tesouro: seu filho.
Viver o processo de luto é natural e saudável, não pode ser atropelado, e inclusive deve ser muito respeitado pela equipe de saúde. Auxiliar uma mãe-de-anjo a ter o seu bebê arco-íris é o maior objetivo de um médico geneticista na perda gestacional de repetição.

Inseminação caseira: conheça os riscos juridicos para o casal.

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A inseminação caseira é uma técnica de reprodução humana muito difundida nas redes sociais e em grupos e fóruns na internet. A técnica consiste em doação de sêmen em casais que o homem tem problema seminal ou casais homoafetivo feminino.
A doação de sêmen no âmbito da inseminação caseira não segue nenhuma regra preconizada pelos órgãos competentes. Via de regra, o casal solicita ao doador uma amostra, por meio de pagamento ou altruísmo, e o material a ser utilizado é recebido em local programado.
O primeiro problema é o uso de doação de gametas de um doador conhecido. Sim, o doador presente nos fóruns é uma pessoa com registro geral (RG) e cadastro de pessoa física (CPF) podemos ter muitos problemas.
Após avaliar alguns destes grupos de apoio, e ter regras do tipo: não é permitido contato com o casal ou contato íntimo com a receptora após a doação; não é bem isto que acontece. O doador conhecido pode sim solicitar paternidade via justiça.
A solicitação da paternidade via justiça é não só possível como factível. Já houve casos que isto ocorreu, e o casal não tinha nenhuma segurança jurídica, incluindo perda de guarda. Apesar do altruísmo em doar sêmen para um casal que não consegue engravidar ou homoafetivo feminino, há muita coisa em jogo.
A outra situação que pode ocorrer é exatamente o contato íntimo, incluindo casos em que ocorreu abuso sexual ou mesmo extorsão pós doação do sêmen. A segurança que a clínica de reprodução e o banco de sêmen, salvaguarda a receptora destas situações.
Não recomendo a procura pela técnica de inseminação caseira a nenhum casal, visto os riscos para a mulher receptora, e também os outros problemas de saúde envolvidos. Sempre consulte um médico geneticista e um ginecologista antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução.

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