Inseminação caseira: conheça os riscos para a mulher.

A inseminação caseira é uma técnica de reprodução humana muito difundida nas redes sociais e em grupos e fóruns na internet. A técnica consiste em doação de sêmen em casais que o homem tem problema seminal ou casais homoafetivo feminino.
A doação de sêmen no âmbito da inseminação caseira não segue nenhuma regra preconizada pelos órgãos competentes. Via de regra, o casal solicita ao doador uma amostra, por meio de pagamento ou altruísmo, e o material a ser utilizado é recebido em local programado.
Não há nenhuma restrição quanto aos padrões de qualidade, bem como segurança para a mulher quanto a doenças sexualmente transmissíveis (DST’s). Isto mesmo! Ocorre que apesar destes fóruns terem regras do tipo obrigatória das sorologias HIV, sífilis e hepatite, não há garantias.
Ou seja, a receptora está se expondo a contaminação com doenças que até o momento não tem cura como a infecção por HIV ou hepatites virais. Outra situação que deve ser levada em conta é que o casal não consegue distinguir se o material é realmente sêmen humano ou não.
Muitos casais optam pela inseminação caseira por conta dos altos custos em um tratamento de reprodução. Entretanto, nas clinicas apresentam-se com segurança sanitária, bem como protocolos com bancos de sêmen bem estabelecidos.
Não recomendo a procura pela técnica de inseminação caseira a nenhum casal, visto os riscos para a mulher, e também os outros problemas jurídicos envolvidos. Sempre consulte um médico geneticista e um ginecologista antes de iniciar qualquer tratamento de reprodução.

Caio Graco Bruzaca

Author Caio Graco Bruzaca

Médico geneticista pela Unicamp e Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM). Atuo em genética de casais (perda gestacional recorrente, infertilidade, casais de primos), medicina fetal, oncogenética e doenças raras.

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