Quando se realiza um teste genético podem existir riscos inerentes a técnica escolhida para coleta do material. Podem-se realizar testes genéticos a partir de medidas pouco invasivas, como uma simples coleta de sangue ou um esfregaço bucal (estilo CSA).
Pode ser obtido material genético, também a partir de biopsias, sêmen e até mesmo durante o pré-natal. Para biopsias, uma biopsia de pele pode ser traumática ou até mesmo deixar uma pequena cicatriz. Para a coleta de sêmen, necessita-se de um local adequado, com isolamento acústico, semelhante a realização do espermograma.
Já os procedimentos pré-natais, como amniocentese, cordocentese e biopsia de vilosidade coriônica, pode haver riscos ao feto, podendo, inclusive, a iniciar um trabalho de parto prematuro. Estes são os principais riscos físicos ao indivíduo.
Os testes genéticos trazem consigo muitas conseqüências psicossociais. Estas incluem desde alteração emocional, social e financeira, dependendo do resultado do exame. Existem pessoas que passam pelo luto, semelhante ao descrito por Kluber-Ross com: negação, raiva, barganha/negociação, depressão, aceitação,
A informação obtida a partir de um teste genético pode revelar dados sobre uma família, inclusive, informações sobre outros parentes. Cada indivíduo deve ser avaliado, e manejado a fim de que a informação obtida não gere sofrimento e, em casos extremos, até mesmo suicídio.
Durante as minhas consulta, sempre falo nos quatro princípios da bioética antes de solicitação de qualquer teste genético. Inclui-se a beneficência, a autonomia, a não maleficência e a justiça.
O aconselhamento genético é regido por estes princípios, e o teste que pode fazer algum mal deve ser evitado, se o malefício supera qualquer tipo de benefício, como os testes genéticos preditivos.
Sempre, antes da realização de qualquer teste genético, deve procurar com um médico geneticista, para ser solicitado testes genéticos corretos para cada caso.