Muitos casais quando decidem a realização do sonho de ter um bebê podem passar por dificuldade para engravidar. Não conseguir engravidar é uma queixa frequente na genética médica. Mas o que pode estar acontecendo?
O conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS) de infertilidade conjugal é um ano de tentantivas sem uso de método anticonceptivo. Apesar disto, sempre recomendo o início da investigação assim que o casal desejar. Mas para isto é preciso entender alguns conceitos.
Apesar de ser meio obvio, para ter uma gravidez é preciso de um espermatozoide, um tuba uterina pérvia (o caminho) e um óvulo. Partindo desta tríade, observa-se que existem fatores de ambos os lados do casal.
A avaliação do casal é fundamental para o correto diagnóstico e manejo. Não é possível avaliar apenas a mulher. Antes de falar em tratamento de reprodução, alta e baixa complexidade, deve-se ter em mente que o casal foi extensamente investigado.
Ainda falando sobre investigação, o homem precisa verificar como está o sêmen, bem como seus exames hormonais. Já a mulher precisa avaliar tuba uterina, hormonais e endometriose. E claro, não podemos esquecer da importância do cariótipo com banda G de ambos.
Esta investigação é realizada durante o aconselhamento genético. Sim, o médico geneticista é um grande coringa nesta avaliação, aliado ao ginecologista e o urologista. Muita das vezes, o casal é avaliado unilateralmente, mas precisa ser feita a investigação em conjunto.
A avaliação do casal infértil e indicação da conduta clínica a ser tomada com este casal pode ser feita com o médico geneticista. Vale ressaltar que antes de qualquer tratamento de reprodução humana é necessário o aconselhamento genético.