A trimetilaminúria é uma doença genética rara, com incidência desconhecida, em que o corpo não consegue decompor a trimetilamina, uma substancia que apresenta odor muito forte e característico.
A trimetilamina apresenta-se com odor de peixe podre, ovos podres ou lixo. A partir do excesso desta substancia, as pessoas com trimetilaminúria apresentam-se com forte odor no suor, urina e no hálito. A intensidade do odor varia com o tempo.
A presença de odor de peixe podre pode interferir muitos aspectos na vida diária da pessoa. Relacionamentos, vida social e profissional pode ser afetados, pois, o odor de peixe podre pode afastar e sugerir as outras pessoas uma condição de má higiene.
Muitas pessoas quando apresentam odor forte no suor apresentam ainda depressão e isolamento social, por conta da vergonha que passam por apresentar este odor.
Como condição genética rara, a trimetilaminúria é diagnosticada com presença de mutações no gene FMO3. Este gene tem a receita da enzima que decompõe a trimetilamina.
A trimetilamina é produzido por bactérias intestinais durante a digestão da proteína de ovo, fígado, leguminosas, peixes e outros alimentos. Com a falta da enzima relacionada ao gene FMO3, ocorre o acumulo de trimetilamina, e consequentemente mudança nos odores naturais do corpo.
O estresse e a dieta desempenham um papel importante no aparecimento do odor de cheiro de peixe. Assim como excesso de bactérias intestinais que produzem trimetilamina.
O ideal, sempre frente a um caso com trimetilaminúria, é necessária a avaliação com médico geneticista para realização do aconselhamento genético, bem como definição do melhor manejo, estimativa de risco e poder oferecer possibilidades de tratamento aos pacientes.
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