Frequentemente sou chamado para dar uma palestra ou uma aula. Essas aulas e palestras tem múltiplos assuntos sobre genética médica, em especial, perdas gestacionais, infertilidade, reprodução humana, testes genéticos.
Inicialmente, para poder realizar uma palestra, eu devo planejar o que vai ser comunicado. O ato de comunicar é um ato de duas vias, quem fala e quem ouve a mensagem a ser passada.
O planejamento do que será apresentado inicia-se a partir da definição do tema e do público. Estas são duas chaves primordiais para que a palestra seja bem-sucedida e para que “brancos” não ocorram.
A análise de público é muito importante, visto que identificar quem ouvirá a palestra influencia diretamente da forma de como será a passagem da informação. Deve ter em mente que meu público é muito variado, posso dar uma palestra para médicos geneticistas, profissionais de outras áreas, alunos de graduação e pacientes.
Cada publico exige uma linguagem diferente, uma postura diferente, para que a mensagem alcance o foco, assim como o seus interesses próprios inerentes do grupo social. Não adianta falar muitos nomes técnicos a um público formado por pacientes e associações. Assim como não adianta usar linguagem muito básica para uma plateia de especialistas.
A palestra tem que apresentar um tema específico, ou seja, bem delimitado. Ter começo, meio e fim. O melhor exemplo é a minha palestra sobre perdas gestacionais. Apresento o problema, as causas do problema, as consequências do problema e por fim as possíveis soluções.
Quando se trata de saúde, é muito difícil esgotar um assunto em poucos minutos, mas tento ser o menos prolixo possível. Por isso, sempre defino o objetivo da apresentação. Baseado em um tripé: público-alvo, nível de conteúdo/linguagem e quantidade de tempo.
A apresentação ou slides é uma particularidade minha, sempre utilizo alguns padrões de formatação e fotos com licença do banco de imagens pago Shutterstock®. Sempre utilizo de Smart art e artifícios visuais, visto que o ser humano é essencialmente visual.
Após uma série de palestras anteriores e posteriores a minha, prender a atenção é o mais difícil. Como já fui elogiado, sou muito autentico, e gosto de expor, assim como nos meus textos, a minha prática como médico geneticista.
Por mais que seja aterrorizante para uns, a prática de dar aula é como aprender a dançar, no começo a pessoa treme, não consegue falar direito. Com o passar do tempo, começa a se acostumar em fazer palestras.